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quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Relacionamentos impraticáveis


Não consigo compreender esses relacionamentos modernos e essas historinhas de ficar controlando o parceiro. Acho que nasci com os valores sólidos demais...

Juro que não consigo entender casais ciumentos. Aliás, nem sei se “ciumento” seria a definição correta. A coisa anda tão complicada que daqui a pouco surge um neologismo para designar esse comportamento.

Como um namorado pode brigar com a namorada por causa de uma roupa que ela usa? Calor de 40 graus e não poder usar uma saia ou um decote? Em tempos de aquecimento global, a “política Uniban” deveria ser banida. Namorada não poder sair com as amigas que já rola desconfiança? É o cúmulo da falta do que fazer! Sair com amigo homem então, nem pensar! Outra coisa que me frustra muito são as criaturas que começam a namorar e simplesmente somem! Parece que quando se assume um relacionamento fica proibida qualquer atividade com os amigos, até mesmo o diálogo.

Namorar não significa saber onde o outro está o tempo todo. Não é controlar o outro, suas amizades, seus hábitos, seu jeito de vestir ou pensar, sua opinião, sua vontade. É simplesmente dividir momentos, da maneira mais feliz possível. É poder sair com os amigos sem dar satisfação; receber mensagens de qualquer pessoa, a qualquer hora; poder cumprimentar conhecidos do sexo oposto quando encontrá-los na rua, sem ter que ouvir desconfianças; é não ter seu celular revistado, muito menos o lixo de casa; é não ter que se preocupar com o que pode aparecer escrito no scrapbook do Orkut e muito menos ter a lista de amigos revistada periodicamente...

Cadê a privacidade, o bom senso, a paz, a confiança, o “deixa pra lá”, a tranqüilidade, as palavras doces, a compreensão, o carinho, a vergonha na cara, a vontade de ser feliz, a permissividade? Realmente, espero que as coisas mudem.

sábado, 28 de novembro de 2009

Falta de tempo


Falta de tempo é o mal da humanidade.
Falta de tempo é o maior problema dos finais de ano.
Falta de tempo é o que perturba nossa semana de estudo ou de trabalho.
Falta de tempo é o que perturba o final de semana.
Falta de tempo destrói relacionamentos.
Falta de tempo desestrutura a família.
Falta de tempo “corta” o nosso lazer.

Falta de tempo é o motivo que me faz escrever isso.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Beijo no rosto


Não sei vocês, mas acho beijo no rosto uma coisa muito íntima. Tipo, “estou cedendo a minha face para que outra pessoa encoste seus lábios”.

E é uma pena que o hábito de beijar no rosto venha se perdendo com o tempo. Antigamente, eram três beijinhos, ditos “para casar”. Depois diminuiu para dois, depois para um, e agora mal encostamos as bochechas uns nos outros. Tornou-se um gesto automático, sem significado. Já esquecemos o prazer de beijar alguém no rosto.

Em compensação, o beijo de língua está cada vez mais banal: estamos acostumados a sair beijando qualquer um por aí. Muita gente beija mais na boca do que no rosto.

Acho que as únicas pessoas que ainda beijam no rosto são as mães. Sempre elas, antes de dormir ou ir para o colégio. Talvez as crianças também o façam, pois quando ainda bem pequenas é comum darem um beijo no “tio” ou na “tia”, embora logo acabem ficando envergonhadas do gesto, terminando por perder esse hábito.

Esse descaso com o beijo é muito triste. Adoro beijo no rosto e não abro mão dele por nada! Acho tão carinhoso! E um “bom-dia” seguindo de um beijo desses, então, me deixa feliz a semana toda!

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

No meu mundo perfeito


Hoje, voltando pra casa, comecei a pensar como seria o mundo perfeito. A idéia pareceu que não ia render, mas me diverti bastante. No meu mundo perfeito, as chapinhas não estragariam o cabelo, o salto alto não machucaria os pés, as calçadas não teriam buracos, ninguém teria intolerância à lactose e o meu time sempre ganharia do rival.

No meu mundo ideal, ninguém ia ter problema com horários ou prazos. Nada de ficar se estressando com milhares de atividades a fazer em um tempo mínimo. Nada de tempo recorde no almoço, ou dia em família cronometrado e com cabeça em outra coisa. Por outro lado, também não existiria aquela preguiça que nos impede de realizar tarefas simples, como levar o cachorro pra passear, corrigir o dever do filho, arrumar aquela gaveta que há anos foi esquecida, ou cuidar do jardim que sempre sonhamos ter.

No trabalho não haveria estresse. Cada um realizaria – e bem – a sua parte, sem se intrometer ou dar palpite na tarefa dos outros. Sentiríamos prazer em exercer a profissão que escolhemos e não haveria competição entre as pessoas. Seríamos remunerados o suficiente para viver – e não sobreviver – sem luxo.

A chuva nunca nos deixaria mal. Sem guarda-chuvas que sempre falham quando precisamos e sempre esquecemos em algum lugar depois. Nada de ruas alagadas ou enchentes. Só aquela chuvinha de verão pra refrescar a cidade ou aquela chuvarada para aqueles dias que resolvermos dormir, dormir, dormir...

No meu mundo ideal, as pessoas seriam educadas. Diriam “Bom dia”, “Boa tarde” e “Boa noite” sempre que possível. “Bom dia” para o vizinho, para o porteiro, motorista do ônibus, cobrador, tia da limpeza, pessoas na rua. Também não jogariam papel no chão em hipótese alguma! – meio papel de bala? Pra lixeira mais próxima! -. “Licença”, “Por favor” e “Obrigada” seriam o Top 3 das expressões mais faladas; o “Te amo” seria dito mais vezes e o mais carinhosamente possível.

Nesse mundo também não haveria poluição e desperdício. Abdicaríamos mais do carro, andando mais de bicicleta ou a pé mesmo. Não jogaríamos restos de alimentos fora, e a água seria mais bem aproveitada.

Não sentiríamos culpa ao comer demais naquele churrasco com os amigos. Assim, gordinhos e gordinhas seriam felizes. Não vestiriam roupas quatro números menores que o seu, pois teriam noção do ridículo, e não teriam vergonha de ser como são, até porque, no meu mundo ideal, as pessoas estariam mais preocupadas com a essência do que com a aparência.

Nessa utopia, as pessoas seriam fiéis. Homens e mulheres! Ninguém teria coragem de dormir em outros braços; ninguém sofreria com a Senhora Tentação. Seríamos felizes e satisfeitos com o que temos e com quem temos.

Por fim, as pessoas valorizariam mais as emoções humanas. Dariam mais atenção às pessoas a sua volta; escutariam mais do que falariam. A TV não seria tão importante; as conversas seriam pessoalmente, olho no olho, não por telefone ou MSN. Pra isso, os amigos não morariam longe, estariam sempre por perto quando precisássemos ou não. A saudade nunca seria nostálgica, seria boa; a violência seria uma lembrança remota. No meu mundo perfeito...

domingo, 18 de outubro de 2009

Só teorias!


Eu tenho uma teoria que diz que toda mulher deve viver um grande amor com um escritor! Ou pelo menos com um “cara das letras”, pode ser um professor de português, de literatura, um estudante de filosofia, sei lá. Eles geralmente sabem o que dizer, dizem o que queremos ouvir (o que nos poupa muito trabalho e é extremamente agradável), enfim, sabem impressionar uma mulher.

Eu tenho uma teoria que afirma que toda mulher deve viver um romance com um cara mais velho! Deve ser uma paixão daquelas de tirar o fôlego, de não sentir o passar do tempo, e esquecer o próprio nome. Homens mais velhos é que são homens de verdade, que sabem viver. Sabem como agradar, sabem como satisfazer. São seguros, como desejamos que seja a nossa vida.

Tenho uma outra teoria que fala que todo cara mais velho deve viver um romance com uma mulher mais nova! Uma ninfeta o faz rejuvenescer uns dez anos. Nada como se divertir com a irreverência da juventude – de novo! -, sentir de perto uma vitalidade energizante, sonhar os sonhos dela, e deixar-se seduzir por uma pessoa que tem uma vida pela frente. Uma jovem para iluminar seus olhos.

Outra teoria diz que todo homem deve ser traído – mas bem traído! – pelo menos uma vez na vida! Deve sofrer por sua mulher ter morrido de prazer nos braços de outro homem, de preferência mais novo. Nada como esbravejar uma dor comum contra o mundo, difamar a mulher amada, e encher a cara.

A minha última teoria de hoje, diz que todos, homens e mulheres, devem viver uma paixão secreta, um romance escondido. A sensação de fazer algo proibido – e gostoso! – é indiscutível! O gemido abafado pode muitas vezes ser melhor que o mais alto dos alvoroços. Assim, damos vez ao nosso lado insaciável, que na maioria das vezes censuramos por bom senso.

Tenho outras várias teorias, mas essa hora que perdi na entrada do horário de verão me impossibilita de continuá-las agora. Em breve, mais alguns “achismos”.

sábado, 12 de setembro de 2009

Minha ficção – Janaína e Bernardo (2)

Depois das desavenças, da confusão e tudo o mais, ele apareceu. Isso mesmo, para surpresa de Jaqueline, Benjamim simplesmente apareceu. Surgiu como quem não quer nada, sem maiores pretensões, só para dizer um “olá”.

Ela não acredita no que está acontecendo. Como ele poderia – ou teria tamanha cara-de-pau – vir conversar como se nada tivesse acontecido? Coisas de Benjamim! Ele era assim, não guardava rancor, gostava de provocar, brigava e “desbrigava” com muita facilidade. Jaqueline sabia disso, mas sempre se surpreendia com essa agilidade em consertar os problemas. Em parte, ela o invejava, pois também queria resolver suas questões tão rapidamente. Em outras palavras, queria que seus sentimentos fossem mais volúveis, como os dele.

Ela, então, também entrou na brincadeira. Deixou de lado as preocupações, esqueceu as palavras proferidas com maldade, e foi ser feliz. Jaqueline e Benjamim tiveram uma conversa simples, de duas pessoas sem muito assunto, do tipo “oi-tudo-bem-o-que-tens-feito?”, e naquele momento, ela voltou a ter certeza de que as coisas aconteciam desse jeito mesmo, ou seja, eram momentos que faziam parte da relação. Se por um momento Jaque pensou que tudo estava perdido, se enganara. Benja tinha dado essa certeza à ela, quando simplesmente reaparecera.

Ela estava tranqüila agora, pois tinha se tornado a pessoa mais feliz do mundo novamente. Embora não gostasse do jeito dele de fugir dos problemas – Jaqueline sempre gostava de encarar a situação com a cabeça erguida e o peito estufado -, ela percebeu que tudo estava como ela gostaria que estivesse. Tudo certo, por ora.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Minha ficção - Janaína e Bernardo

Janaína amava Bernardo. Como toda mulher, sempre entendeu mais de sentimentos e relacionamentos do que ele. Já eram quatro anos de relação, com muitos momentos difíceis, com diversos intervalos, muitas vaidades e orgulhos e outras pessoas. Para Janaína isso fazia parte da vida. Acreditava que para toda dificuldade, havia uma grande felicidade. A relação ficou estremecida diversas vezes, mas nada parecido com agora. Bernardo havia passado dos limites. Não que ele já não tivesse feito isso antes, pois ela já tinha suportado muitas coisas. Agora, Janaína padeceu. Puxaram o seu tapete; caiu da cadeira. Ele disse coisas que ela abominou. Janaína ouviu o pior dos insultos que podia ouvir. Não foram palavras agressivas, não foram xingamentos; foram palavras que combinadas surtiam o pior dos efeitos. Bernardo disse o indizível. Pela primeira vez ela achou que tudo estava perdido. Será que iria acabar agora, depois de tanto tempo e tanta coisa?

Nos momentos difíceis, Janaína sempre acreditou no seu relacionamento. Sempre acreditou no amor entre eles. Mesmo sem entender direito o que se passava, mesmo sem conseguir explicar pra mais ninguém – nem pra ela mesma – sempre tivera a certeza de que as dificuldades faziam parte desse amor. Sabia que depois dos desentendimentos tudo voltava ao normal, apesar de ambos serem pessoas de personalidade forte. Agora, Janaína não sabia se teria volta. Pela primeira vez achou que tudo estava perdido e que não iria se recuperar tão cedo.

A tristeza imperou, pelo menos nas horas seguintes. Para surpresa dela mesma, Janaína acordou outra mulher. Estava decidida a seguir, mesmo sem saber o que fazer exatamente. Amanheceu cheia de planos e já começou a colocá-los em prática. Não tinha tempo – nem queria – para pensar nos problemas. Inesperadamente, estava bem. O que viria pela frente? Teria que, como todos nós, esperar pelas cenas dos próximos capítulos.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Aquele vídeo do casamento

Tava revendo aquele vídeo do casamento em que os vários padrinhos e os próprios noivos entram dançando na igreja ao som de “Forever”, do Chris Brown. Confesso que fazia muito tempo que não assistia “algo que preste” no Youtube. Achei muito legal!

O casal simplesmente eternizou o seu casamento. Pode os anos passarem, pode os dois se separarem, mas a cerimônia nunca será esquecida, nem por eles nem pelos familiares e amigos. O vídeo não tem nada de excepcional, a não ser a idéia original. Não tem efeitos especiais, é apenas muito divertido e alegre. Nesses poucos minutos em que assistimos a obra, é difícil não vibrar e torcer por eles. É impossível não lhes desejar sorte e pensar coisas bacanas sobre eles. Quanta energia positiva em torno do novo casal!

Isso me fez lembrar como é bom compartilhar nossa felicidade com os outros. É bom tanto estar bem quanto fazer bem aos outros. Esquecemos que uma simples atitude, um elogio qualquer ou o mero fato de sermos educados com o próximo pode fazer uma diferença significativa no outro. Nesse momento depressivo de frio intenso, doenças respiratórias e medo da gripe A acabamos perdendo um pouco da alegria, do entusiasmo natural de cada dia. Estamos habituados a reclamar, não percebendo como é bom termos que levantar cedo para trabalhar ou estudar e no final do dia tomar “aquele” banho bem quente. Não dá pra deixar o bom-humor de lado, nem ver somente a metade vazia do copo. Faça um vídeo desses também!

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Aniversariar

Me deprimo em aniversários. Não, em aniversários não! Só no meu! Acho que não sei comemorar. O que se faz realmente nesse dia? O que faz dele tão especial assim? Hoje faço 21 e ainda não descobri. Quantas datas dessas precisarei para compreender o sentido da comemoração?

Sem querer ser óbvia, a cada aniversário estamos ficando mais velhos, e não vejo motivo para celebrar. O passar dos anos não necessariamente significa que ficamos mais sábios ou ajuizados. Não significa que crescemos como pessoas ou que saibamos tomar melhores decisões. Não quer dizer que somos mais experientes.

Se é uma data para parar e repensar tudo o que vivemos até aqui, eu até gosto da idéia. Mas assim como lembramos os acertos, com certeza também podemos lembrar os erros. Ficaremos sorridentes ao lembrar aqueles momentos de alegria singular, mas também vamos ficar tristes com aqueles maus momentos. E isso nós podemos fazer a qualquer hora. Todos os dias. Ou também no ano-novo, que eu acredito ser a melhor ocasião.

Certamente alguém está se perguntando pelos presentes. Assim como tem o lado bom, tem o lado ruim. Ganhamos presentes de familiares distantes, que só se lembram da gente nesse dia. Têm o ano todo para dar um telefonema que nunca é feito. Parece que usam o aniversário como desculpa; parece que o presente é uma desculpa. Assim eu não gosto!

Também já ouvi falar que com o passar do tempo os presentes vão diminuindo. Não é o meu caso – ainda! – mas é mais um motivo para “entristecer” nesse dia. Fora aqueles presentes que não gostamos ou nunca usaremos.

Não, não sou pessimista. Só não gosto de fazer aniversário. Não gosto de pensar no que vem pela frente. Gosto de viver o hoje. Ninguém se define pela data do aniversário e sim pelo o que acontece antes e depois dela. A gente acorda e dorme normalmente, como qualquer outro dia.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

A pessoa que volta

Fico me perguntando se todo mundo tem uma “pessoa que volta”. Ela foi aquele casinho, aquela ficada única, aquela noite singular ou até mesmo aquele relacionamento duradouro que já se foi, mas sempre acaba voltando quando menos se imagina. É aquela pessoa que surge pra te confundir quando tudo finalmente parece estar dando certo. É aquela pessoa que confunde teus sentidos, mistura as tuas idéias e sensibiliza teu coração. E o pior de tudo: te coloca pra pensar como teria sido se tivesses acreditado mais um pouco nela ou dado um beijo a mais. Te deixa numa dúvida quase existencial.

Por exemplo, tu conheces uma pessoa legal, resolve se envolver, tudo vai indo muito bem, mas na verdade tu sabes que ela não é tua alma gêmea. Aí entra em cena a-pessoa-que-volta. Tudo te faz crer que ela é melhor. Ela te seduz, diz o que tu queres ouvir, faz o que tu gostarias que fizessem - as mais ousadas até te pedem em casamento - e te deixa com uma interrogação gigante na testa.

A notícia boa? É passageiro. Viveremos felizes por um bom tempo até que essa pessoa volte novamente. A notícia ruim? Parece ser um ciclo vicioso eterno.

Alguém aí já se arriscou e optou viver com essa pessoa? Qual o resultado? Me responde aí ou eu vou ser aquela pessoa que sempre voltará a fazer essa pergunta.

PS: Será que eu sou essa pessoa de alguém?

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Demais!

Tenho 20 anos e acho que já vivi demais. Cansei! Já vi esquemas de compra de votos de parlamentares, o famoso “mensalão”, cair no esquecimento. Já vi compras de ambulâncias superfaturadas com o dinheiro da saúde e donos de ONG’s recebendo dinheiro do governo. Já vi funcionário dos correios receber dinheiro de empresários e meu país às escuras com um “apagão”. Mais além, vi “apagão aéreo”. Já vi escândalos nos bingos e escândalos com cartões corporativos. Há pouco tempo vi o resultado de tanto desmatamento no meu estado vizinho e sua população sofrer. Agora vejo crianças estudando em contêineres e políticos viajando com familiares e amigos usufruindo o dinheiro público enquanto vejo trabalhadores serem chicoteados nas portas de trens pela falta de linhas e horários. Também vejo pessoas querendo construir prédios residenciais em Áreas de Preservação Permanentes.

Está cada vez pior; está demais! Não consigo imaginar os próximos 20 anos. Nem quero imaginar os próximos 20 anos! O que mais terei que ver? Quantos absurdos ainda estão por vir? É desanimador. Até quando terei que ver pessoas roubando para sobreviver? Quando não haverá mais crianças pedindo nos sinais? Quando as crianças vão parar de colocar no mundo outras crianças? Poderia passar o dia fazendo essas perguntas, mas vou resumir: será que ainda tem jeito?

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Felicidade não se compra

Talvez num mundo perfeito a felicidade fosse encontrada nas prateleiras dos supermercados, em caixas ou em tabletes, de acordo com a necessidade do consumidor, ou até mesmo em doses extras nas garrafas dos bares que costumamos freqüentar nos finais de semana. Ou melhor! Imagine chegar na farmácia e comprá-la na forma de pílulas! Se comprar um estoque para dois meses, ganha desconto!

Definitivamente, dinheiro não compra felicidade! Claro que ninguém vive sem dinheiro, afinal, ele compra segurança, conforto, lazer, etc, mas é preciso lembrar que não basta ser rico para ser feliz. A felicidade é uma arte, e como toda arte, muito pouco compreendida por nós, meros mortais. Ser feliz exige habilidade, requer que saibamos lidar com nossas tristezas, nossos relacionamentos e nossa família. Também nos obriga a fazer escolhas sem que estejamos preparados e nos desafia a pensar no futuro. Se não soubermos lidar com nós mesmos, não há dinheiro que resolva. É preciso auto-conhecimento para ser feliz.

Se o que te fizer feliz for andar descalço, de bermuda, soltando pipa no local onde nasceu, não há por que se restringir. A nossa felicidade não depende dos outros, muito menos deve satisfação aos outros. Tenho certeza que se cada um se preocupasse exclusivamente com a própria felicidade o mundo seria um pouco melhor. Sucesso ao Adriano em sua busca sincera e justa pela felicidade.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Por que eu me apaixonei por ele

Por que eu me apaixonei por ele? Por que ela também se apaixonou por ele? Por que não conseguimos amar as pessoas certas? O que há de tão errado conosco que nos colocamos em situações para as quais somos claramente inadequados? Situações que trarão sofrimentos para nós mesmo e para os outros? Por que sentimos emoções que não podemos controlar e nos movem na direção contrária à que realmente gostaríamos de ir? Somos conflitos ambulantes, batalhas internas sobre duas pernas. Se os seres humanos fossem automóveis, iríamos devolver por defeito de fábrica.

Por que temos uma capacidade finita para o prazer, mas temos uma outra, infinita, para o dor? Somos uma piada cósmica, decidi. Uma experiência que deu errado.

Marian Keyes,
Em Um bestseller pra chamar de meu



Dizem que o tempo cura tudo. O tempo não faz doer menos, não faz passar mais rápido, não faz parar de chorar. Ele maltrata cada segundo dessa eternidade que parece não querer acabar. Já estou convencida de que o tempo não muda nada. Agora só basta administrar, em outras palavras, seguir em frente, pois não há nada que se possa fazer. O tempo convence. Talvez ganhe no cansaço. O tempo é muito paciente. O tempo não tem pressa.

Não fui amiga, não por falta de vontade; não fui cruel, porque não vi maldade; não faria diferente, apesar de tudo. É essas coisas que eu sempre tentei explicar, mas nunca consegui. Que pretensão! Mal sabia eu que não tinha explicação. E eu não devo explicações!

Tempo, pode passar! Minha vontade tu não pode mudar! Descobri em certos braços a eternidade que me convém.

Não esquecer nem por um minuto

"Nada de imitar seja lá quem for.
(...) temos de ser nós mesmos (...).
Ser núcleo de cometa, não cauda.
Puxar fila, não seguir."

Monteiro Lobato,
em carta a Godofredo Rangel
SP, 1904