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sábado, 12 de setembro de 2009

Minha ficção – Janaína e Bernardo (2)

Depois das desavenças, da confusão e tudo o mais, ele apareceu. Isso mesmo, para surpresa de Jaqueline, Benjamim simplesmente apareceu. Surgiu como quem não quer nada, sem maiores pretensões, só para dizer um “olá”.

Ela não acredita no que está acontecendo. Como ele poderia – ou teria tamanha cara-de-pau – vir conversar como se nada tivesse acontecido? Coisas de Benjamim! Ele era assim, não guardava rancor, gostava de provocar, brigava e “desbrigava” com muita facilidade. Jaqueline sabia disso, mas sempre se surpreendia com essa agilidade em consertar os problemas. Em parte, ela o invejava, pois também queria resolver suas questões tão rapidamente. Em outras palavras, queria que seus sentimentos fossem mais volúveis, como os dele.

Ela, então, também entrou na brincadeira. Deixou de lado as preocupações, esqueceu as palavras proferidas com maldade, e foi ser feliz. Jaqueline e Benjamim tiveram uma conversa simples, de duas pessoas sem muito assunto, do tipo “oi-tudo-bem-o-que-tens-feito?”, e naquele momento, ela voltou a ter certeza de que as coisas aconteciam desse jeito mesmo, ou seja, eram momentos que faziam parte da relação. Se por um momento Jaque pensou que tudo estava perdido, se enganara. Benja tinha dado essa certeza à ela, quando simplesmente reaparecera.

Ela estava tranqüila agora, pois tinha se tornado a pessoa mais feliz do mundo novamente. Embora não gostasse do jeito dele de fugir dos problemas – Jaqueline sempre gostava de encarar a situação com a cabeça erguida e o peito estufado -, ela percebeu que tudo estava como ela gostaria que estivesse. Tudo certo, por ora.

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