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terça-feira, 13 de novembro de 2012

Rehab de um amor impossível





Rehab é um negocio complicado. A gente inicia várias vezes achando que nunca vai dar certo. É parecido com regime: inicia toda segunda, depois de um finde de comida farta. A gente começa sabendo que não vai dar certo porque acha difícil lidar com nossas fraquezas. Força de vontade é para os fortes, nunca é pra gente.

Até porque drama é com a gente mesmo. Nada como viver intensamente. Até o limite. Afinal, qual é graça de um amor que acaba rápido? De que adianta um amor sem sem choro, sem sentir falta? Todo fim de relacionamento tem que acabar na rehab. A pessoa tem que se reencontrar, se experimentar, se autoconhecer (de verdade, nada de livros de autoajuda do caixa do Zaffari). Tem que crescer, só que de verdade. Tem que seguir adiante, só que de verdade. Parece slogan, mas tem coisas que só uma rehab faz por você. Pra todas as outras, existe uma alma medíocre procurando entender a essência do universo.

Aquela eternidade falsa da rehab uma hora chega ao fim. Uma hora a gente consegue colocar tudo pra fora. Todo o medo, todo o desejo, todo o amor, toda a agonia. Uma hora a gente consegue desabafar o silêncio.

Uma hora a gente consegue escrever as palavras novamente. Nada como ser a prova de que tudo tem conserto, por mais longa que seja a recuperação.

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