O homem, quando fica doente, se torna uma grande figura.
Basta um simples resfriado, uma dorzinha qualquer, para que o queridão pense
que está morrendo. A gente tem cólica todo mês – e sobrevivemos! – e ainda
pensam que somos o sexo frágil.
Namorado gripado é sinônimo de homem desesperado. Eles
entram em pânico com os espirros, o nariz entupido e a dor no corpo. É um caos,
não sabem o que fazer. Eles ficam imprestáveis.
Se não têm namorada, correm pros braços da mãe. Se tornam os
seres mais carentes da face da terra. Precisam de alguém para dar os remédios
na boca e agüentar a manha, limpar o quarto, arrumar a cama, dar banho e dizer
vai ficar tudo bem, meu amor.
O problema é que eles nos preocupam. Somos o sexo frágil por
estarmos sempre nos importando. A gente quer levar eles no médico, mas –
advinha! – os bonitões dizem que não precisam. Nunca entendi tamanha
resistência. Talvez seja delírio da febre, embora a minha intuição diga que
essa negação ainda esteja relacionada com a fraqueza deles.
Porém, engana-se quem pensa que estou reclamando. Na
verdade, a gente gosta quando eles precisam de nós, curtimos exercitar o nosso
lado maternal. Pode até soar meio sádico, mas homem vulnerável é um charme.
Nenhum comentário:
Postar um comentário