Páginas

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Relacionamentos impraticáveis


Não consigo compreender esses relacionamentos modernos e essas historinhas de ficar controlando o parceiro. Acho que nasci com os valores sólidos demais...

Juro que não consigo entender casais ciumentos. Aliás, nem sei se “ciumento” seria a definição correta. A coisa anda tão complicada que daqui a pouco surge um neologismo para designar esse comportamento.

Como um namorado pode brigar com a namorada por causa de uma roupa que ela usa? Calor de 40 graus e não poder usar uma saia ou um decote? Em tempos de aquecimento global, a “política Uniban” deveria ser banida. Namorada não poder sair com as amigas que já rola desconfiança? É o cúmulo da falta do que fazer! Sair com amigo homem então, nem pensar! Outra coisa que me frustra muito são as criaturas que começam a namorar e simplesmente somem! Parece que quando se assume um relacionamento fica proibida qualquer atividade com os amigos, até mesmo o diálogo.

Namorar não significa saber onde o outro está o tempo todo. Não é controlar o outro, suas amizades, seus hábitos, seu jeito de vestir ou pensar, sua opinião, sua vontade. É simplesmente dividir momentos, da maneira mais feliz possível. É poder sair com os amigos sem dar satisfação; receber mensagens de qualquer pessoa, a qualquer hora; poder cumprimentar conhecidos do sexo oposto quando encontrá-los na rua, sem ter que ouvir desconfianças; é não ter seu celular revistado, muito menos o lixo de casa; é não ter que se preocupar com o que pode aparecer escrito no scrapbook do Orkut e muito menos ter a lista de amigos revistada periodicamente...

Cadê a privacidade, o bom senso, a paz, a confiança, o “deixa pra lá”, a tranqüilidade, as palavras doces, a compreensão, o carinho, a vergonha na cara, a vontade de ser feliz, a permissividade? Realmente, espero que as coisas mudem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário