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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Loucura



Doida. Daquelas capazes de mudar qualquer coisa a qualquer hora. Que ignora a zona de conforto. Ou que talvez a zona de conforto seja realmente estar sempre em alteração. Tão doida que é capaz de fazer o que não gosta. Doida de questionar o inquestionável e ainda convencer deus e o mundo do que bem entender. Doida de conseguir achar uma opinião diferente de todas as outras já existentes. Tão doida que consegue esconder o que sente e contar pra todo o mundo ao mesmo tempo.

Doidíssima. Daquelas capazes de abrir mão do amor da sua vida. Doida que não tem medo de deixar esse mundo. Tão doida que esquece as refeições. Doida que viaja 800 km só pra conseguir respirar de novo, ou que viaja esses mesmos 800 km só para poder sentir saudade. Doida que coloca no papel os sonhos que tem e faz um check-list de tudo o que precisa pra realizá-lo e realiza. Doida de deixar coisas inacabadas só para ter um ponto final.

Tão doida que não acredita em proibições de qualquer tipo, afinal doidos não gostam de limitações. Doida daquelas de contrariar todo o mundo. Doida de chorar a noite inteira. Doida que troca o sono por papel e caneta. Doida que troca tudo o que tem por nada, só para começar tudo de novo. Doida que não tem medo de dar tchau ou de se sair sem se despedir pra nunca mais voltar. Tão doida que adora trocar o certo pelo incerto.

Doidona! Doida que acha que “se virar nos 30” é perda de tempo. Doida daquelas de conversar com as flores. Tão doida que até as borboletas a seguem. Doida daquelas que ainda escrevem cartas de amor, que fazem poesias, que mandam cartas manchadas de batom. Doida capaz de largar tudo o que ama pra ter tudo o que quer. Doida capaz de largar tudo o que quer pra ter tudo o que ama. Tão doida que só faz pensar em outro doido.

Acho que é isso: doida procura doido. Doida doidíssima procura doido doidão para doideiras doidonas.

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