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Todos os apaixonados têm uma grande necessidade de demonstrar o amor que sentem um pelo outro publicamente. É só olhar para eles: estão sempre bem-humorados, de bem com a vida, com a cabeça no mundo da lua. Reconhecemos um apaixonado de longe.
E essa necessidade de divulgação de sentimentos começa bem cedo, já na escola. O caderno cheio de fórmulas matemáticas, mapas e ditados, e lá, na última página, um coração com as iniciais dos queridos, onde em baixo se lê “4ever”. O próximo passo é transpor esse coração para a casca da árvore do pátio do colégio. O seguinte, é gravar as iniciais no banco em que todos sentam no recreio. Mais além, o mesmo coração, talvez já com outra inicial, rabiscado na porta do banheiro.
Hoje, o virtual veio para contribuir com essa exposição. É preciso criar um perfil do casal no Orkut e rechear de fotos dos dois agarrados em todos os momentos. O nick do MSN deve vir com as iniciais dos pombinhos e o subnick com uma letra de música que expressa “exatamente” o que ambos estão sentindo. Sem esquecer os depoimentos no Orkut, que se tornaram declarações Ctrl+C + Ctrl+V de letras de música também.
O problema é que essa história deveria parar por aí. Porém, hoje, como a adolescência se “esticou”, algumas pessoas acabaram perdendo a noção do ridículo e ainda acham necessário propagar seus sentimentos aos quatro cantos. É por isso que, volta e meia, vemos um outdoor pedindo alguém em casamento ou com aquelas juras de amor eterno. Sem falar naqueles que mandam carros de tele-mensagem para envergonhar... digo, afirmar todo o seu amor. O recado é para ela, mas o bairro inteira fica sabendo. É o ápice da necessidade de divulgação.
Isso tudo tem a ver com a necessidade das pessoas, cada vez mais freqüente, de auto-afirmação. Parece que só seremos felizes se todo mundo souber que somos felizes. Felicidade a dois não existe mais. Hoje, é preciso “prestar contas” dos nossos sentimentos à sociedade. Ser “feliz para os outros” pode até ser bom por um tempo, mas logo perde a graça.
Doce ilusão. Na verdade, temos que dar satisfação para uma única pessoa: nós mesmos. Se não corrermos atrás da nossa felicidade, ninguém vai fazer isso por nós. Cada um tem o seu próprio ritmo e ninguém tem nada a ver com isso. Estamos nos desinteressando pela cumplicidade a dois; estamos esquecendo como é bom guardar segredos. Precisamos aprender a ser felizes na ausência também. O coração não precisa estar na ponta dos dedos.
E essa necessidade de divulgação de sentimentos começa bem cedo, já na escola. O caderno cheio de fórmulas matemáticas, mapas e ditados, e lá, na última página, um coração com as iniciais dos queridos, onde em baixo se lê “4ever”. O próximo passo é transpor esse coração para a casca da árvore do pátio do colégio. O seguinte, é gravar as iniciais no banco em que todos sentam no recreio. Mais além, o mesmo coração, talvez já com outra inicial, rabiscado na porta do banheiro.
Hoje, o virtual veio para contribuir com essa exposição. É preciso criar um perfil do casal no Orkut e rechear de fotos dos dois agarrados em todos os momentos. O nick do MSN deve vir com as iniciais dos pombinhos e o subnick com uma letra de música que expressa “exatamente” o que ambos estão sentindo. Sem esquecer os depoimentos no Orkut, que se tornaram declarações Ctrl+C + Ctrl+V de letras de música também.
O problema é que essa história deveria parar por aí. Porém, hoje, como a adolescência se “esticou”, algumas pessoas acabaram perdendo a noção do ridículo e ainda acham necessário propagar seus sentimentos aos quatro cantos. É por isso que, volta e meia, vemos um outdoor pedindo alguém em casamento ou com aquelas juras de amor eterno. Sem falar naqueles que mandam carros de tele-mensagem para envergonhar... digo, afirmar todo o seu amor. O recado é para ela, mas o bairro inteira fica sabendo. É o ápice da necessidade de divulgação.
Isso tudo tem a ver com a necessidade das pessoas, cada vez mais freqüente, de auto-afirmação. Parece que só seremos felizes se todo mundo souber que somos felizes. Felicidade a dois não existe mais. Hoje, é preciso “prestar contas” dos nossos sentimentos à sociedade. Ser “feliz para os outros” pode até ser bom por um tempo, mas logo perde a graça.
Doce ilusão. Na verdade, temos que dar satisfação para uma única pessoa: nós mesmos. Se não corrermos atrás da nossa felicidade, ninguém vai fazer isso por nós. Cada um tem o seu próprio ritmo e ninguém tem nada a ver com isso. Estamos nos desinteressando pela cumplicidade a dois; estamos esquecendo como é bom guardar segredos. Precisamos aprender a ser felizes na ausência também. O coração não precisa estar na ponta dos dedos.
Assino embaixo.
ResponderExcluirTodo mundo hoje tem essa necessidade de mostrar que está feliz, para mim isso sempre pareceu muito falso. Devemos pensar mais na cimplcidade a dois, como você disse, do que nos outros. =D
cumplicidade*
ResponderExcluirhehe
Ah, essa cumplicidade! O que seria de uma relação sem ela?
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