Ele põe o celular a despertar exatamente um minuto antes
do meu. Diz que gosta de acordar primeiro, só para me dar bom-dia. Diz também
que é ciumento, que ninguém pode me acordar além dele, nem mesmo o meu
despertador. Diz que as pessoas que são acordadas por pessoas são mais felizes
do que aquelas acordadas por um aparelhinho qualquer.
Ele diz também que adora acordar e sorrir pra mim, que
isso torna o dia dele mais tranqüilo. Ele diz que receber um sorriso logo ao
acordar ameniza os possíveis dissabores que podem vir. Seu lema é “quem sorri,
seus males espanta”. Eu digo pra ele que o ditado não é bem assim, no que ele
me responde que assim funciona muito bem. Eu insisto e digo que não rima, no
que ele me consola dizendo que o sorriso dele rima com o meu.
Gosto de saber o sorriso dele mesmo antes de abrir os
olhos. Gosto desse amor preguiçoso, que me acorda só para pedir mais dez
minutinhos na cama. Gosto desse amor que preenche as palavras cruzadas que eu
não consegui responder. Gosto quando ele tira minha placa de be careful do peito e diz que já conhece
todas as minhas curvas e sinalizações.
Com ele eu aprendi que nem tudo o que fica subentendido
dói. Foi ele quem me ensinou que às vezes é preciso só tirar o cabelo da frente
dos olhos para poder enxergar o que falta. Aprendi que uma simples alternativa
pode ser uma escolha feliz. E que talvez a mesma escolha precise ser feita
todos os dias.
Gosto da certeza do teu sorriso, da segurança dos teus
braços, do amor que transborda dos teus olhos, da paz do teu coração.
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