Páginas

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Direitos iguais no relacionamento



Essa história de direitos iguais no relacionamento é besteira. Quem será que inventou tamanho absurdo? Deve ter sido um cara muito inseguro, que não entende nada de (seus) sentimentos. Esse papo de direitos iguais deve ser herança do “politicamente correto” que hoje rege (e só atrapalha) as relações.

Não entendo porque alguém não pode ter mais privilégios do que o outro, porque um não pode ser mais mimado, não pode ser mais livre. Relacionamento não precisa (nem deve) ser olho por olho, dente por dente.  Porque relacionamento não é toma-lá-dá-cá.

Nem todo mundo pode as mesmas coisas, nem todo mundo é igual. E essa é a graça do mundo, meus amores. É na diferença que aprendemos sobre a vida. Não podemos tentar ser quem nós não somos, não adianta nos submetermos a uma coisa que não condiz com os nossos princípios. Porque o amor não tem regra, tem entendimento mútuo.

Quem ama tolera o jeito de ser do outro. Quem ama tanto pode obedecer, como pode mandar. Um pode amar mais do que outro, sem problemas. Não é pecado, não. Aliás, no amor não existe pecado, pecado mesmo é não amar. Essa história de que “o que vale pra um também vale pra outro” derrota qualquer tentativa de fazer uma relação dar certo.

Relacionamento é saber dar vantagens ao outro, sem exigir nada em troca. É saber deixar o outro ir na frente, sem vergonha de ficar para trás. É não se importar que o outro tenha mais privilégios. Relacionamento é não se sentir no prejuízo ou menos amado porque a outra pessoa pode mais.

Numa relação deve-se ter prazer em fazer concessões. Afinal, estamos dando aquilo que tanto a outra pessoa quer. Porque fazer uma concessão é diferente de fazer um acordo. Nós que amamos não precisamos de motivo para amar, não temos necessidade de fazer nenhum acordo ou negócio para nos sentirmos bem. Porque o amor, queridos, só ele já basta.

Se eu tiver direito à licença poética, digo que um relacionamento é igual a uma orquestra. Toda relação precisa ser regida por um maestro, uma pessoa à frente para indicar o caminho, qual a próxima nota a ser tocada. É claro que a beleza da melodia compete a todos os envolvidos, mas para que isso aconteça, alguém precisa ditar o ritmo a ser seguido. É preciso colocar amor em cada movimento para que a música contagie.

3 comentários: