Todo mundo tem algo pra dizer. Todo
mundo tem uma opinião a respeito de tudo. Mas você já parou pra pensar nas
coisas que andam te dizendo por aí? Nem sempre a gente gosta do que ouve. Nossos
ouvidos são acostumados a ouvir (só) o que querem. Mas é sempre bom prestar
atenção nas idéias alheias, pois, de tempos em tempos, precisamos rever nossos
conselhos.
Se te dirigem palavras ofensivas,
até meio raivosas, é porque essa pessoa realmente se importa contigo. Ela só
quer te alertar de alguma coisa, é uma pessoa que quer desesperadamente te ajudar
– mesmo não sabendo como. Dessa forma, ela usa palavras rudes pra se fazer
notar com mais facilidade, com maior urgência. A intenção dessa pessoa não é
magoar, é socorrer.
Já as críticas disfarçadas de opiniões
construtivas, ou seja, as palavras que são para xingar delicadamente, geralmente
são de pessoas que não estão nem um pouco preocupadas conosco. As pessoas que
amenizam suas palavras rudes são aquelas que estão pensando só em si, que se
preocupam mais em se mostrar como são educadas do que realmente ajudar.
Quando se trata de elogios,
quando recebemos um, certamente é por algum tipo de interesse pessoal. De novo,
é a pessoa que quer estar bem perante o outro, mostrando toda a sua (falsa) bondade.
Porque quando realmente merecemos um elogio, a gente não precisa deles. A nossa
própria consciência é melhor dos elogios.
As palavras de que eu mais gosto
são os incentivos. São eles que nos dão a coragem que não temos. É o empurrãozinho
que falta, o despertar da motivação adormecida, a idéia que se acende, o olhar
que brilha, o nó que desata e desencadeia a felicidade. Incentivos são aqueles
que têm o poder de transformar vidas.
E incentivo está intimamente
ligado com a meritocracia, tão esquecida nos dias de hoje, infelizmente. É o
fazer-por-merecer, que está caindo no desuso. É uma pena nossos ouvidos preferirem
ouvir o que é mais fácil assimilar à ouvir o que pode fazer diferença.
E você, que palavras anda ouvindo? Quem você tem lido?
Às vezes o silêncio é melhor que muito blá-blá-blá.
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