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sábado, 12 de junho de 2010

Dia dos pseudo-namorados


Pode ter coisa pior do que não ter um namorado no dia dos namorados? Mas é claro! Se tu não tem namorado, o dia 12 é apenas um dia comum, como qualquer outro. Se tu tem um namorado, bingo! É só partir pro abraço. Mas e aquela pessoa que tem uma pessoa e não sabe explicar qual é o tipo de relacionamento? Aí é que me refiro!

É um problema de definição. Nós mulheres temos uma forte necessidade de ter a situação bem esclarecida, enquanto os homens fogem de qualquer conclusão possível. Eles nunca sabem o que querem, nem tem necessidade de descobrir. E quando vamos falar da pessoa, ficamos na dúvida: qual a nomenclatura que devemos utilizar? É colega, é amigo, é amizade-colorida – seja lá o que isso realmente quer dizer – ou é ficante? É rolo, é casinho – se bem que ninguém se apresenta assim “oi, esse é o fulano, meu casinho – ou é namorado? Sem esquecer os novos status namorido e queridão.

Depois a indefinição passa para o plano das atitudes. Ele pode cobrar satisfações de onde estávamos ou com quem estávamos? Devemos incluir ele nos nossos planos para o finde? Quando a distância aumenta, é certo sentir saudade da criatura? Ou melhor, ele merece minha consideração? Mas peraí, será que ele gosta de mulher mesmo? (Tem dúvida mais feminina que essa?).

E as incertezas só vão aumentando. Então resolvemos “mostrar a que viemos” e tomamos atitudes mais atrevidas. Logo após, entram em cena o anjinho e o diabinho, velhos conhecidos que habitam nossa consciência e que nessas horas sempre despertam para tentar nos confundir. O que será que ele vai achar de mim, se eu me mostrar uma mulher decidida, daquelas que sabe o que quer? Uma mulher moderna, diria um; uma sem-vergonha, diria outro. Vai entender o que os homens pensam sobre isso. Ou vai que o cara freqüentou a Igreja Especial dos Cento e Vinte Pecados... Melhor não arriscar!

Pra complicar ainda mais, surge o dia dos namorados. Dar presente ou não? Qualquer atitude pode afastar ou aproximar o bonitinho. Se compro um presente, ele pode pensar que eu tô querendo coisa séria (eu tô?) e vai sair correndo na direção oposta. Se não comprar, pode achar que não me importo com ele e ir procurar outra. Ou pior, e se um deu um presente muito melhor que o outro? Oh, vida cruel!

Então esse post é especial praquelas (sim, existe ‘praquelas’ mesmo, nem vem tentar me corrigir) pessoas que estão nesses relacionamentos confusos, pela metade, mais ou menos, assim, sei lá. Naqueles relacionamentos tomara-que-dê-certo. É justo ter o dia dos namorados, o dia dos solteiros, mas e o dia dos que não sabem o que querem da vida? Na minha opinião, tudo é valido. Um brinde à indefinição.

Nessa data, deixo a sugestão para eles repensarem que rumo estão dando para as suas vidas, principalmente os homens. Às vezes é bom saber onde estamos nos metendo. Então, querido xy, defina-se! #ficadica.

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