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sexta-feira, 22 de abril de 2011

Amor fanfarrão




Tava aqui pensando: o amor é mesmo um sentimento fanfarrão.

Às vezes a gente acha que o fim é inevitável. Se a relação terminou, o amor também acabou. Porém, quando a gente menos espera, surpresa! Lá está ele, o amor, firme em suas convicções, como se nada tivesse acontecido. Quando a gente menos imagina, estamos cheios de amor, o mesmo amor.

Tem vezes que a gente realmente acredita que acabou o amor. Tem época que suspiramos aliviados por achar que já superamos um amor e que conseguimos seguir em frente. Doce ilusão.

O amor nos engana. Porque o amor mesmo nunca morre. O que um dia foi amor, vai ser pra sempre amor. Não adianta fugir, nem adianta negar. O amor não se joga fora. É como uma chama perpétua, que pode bruxulear com o vento forte, mas que não perde o brilho jamais. O amor, labareda ou fagulha, sempre aquece a alma. Como dizem, amor é amor, mesmo que mude.

O amor é um sentimento que não se apaga. Tu podes ter a melhor borracha, mas tenha sempre em mente que o amor não se escreve à lápis. Também não se esqueça de que não se fazem mais corretivos líquidos como antigamente. Tu podes passar o corretivo, mas sempre vai conseguir ler o que estava escrito por baixo. O amor é sempre evidente, mesmo quando tentamos disfarçá-lo. O amor é escrito por uma tinta mágica, dessas que é impossível se arrepender do que foi traçado. Ah, o amor.

Mas veja bem, não vamos confundir amor próprio com amor de verdade. Amor próprio não é amor, é orgulho. O amor nunca é de uma pessoa só, é um sentimento que exige no mínimo duas pessoas. O amor é para se compartilhar, não para se (re)ter.

Sei que sou uma das últimas pessoas que fala de amor desse jeito. Mas antes falar de amor, do que ser mal amado(a). O amor não se discute. Coitado daquele que precisa argumentar o que sente pra justificar os seus atos.

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