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domingo, 29 de janeiro de 2012

Amor (d)e verdade



É verdade que todo mundo quer ser amado. E amar implica necessariamente nisso, na verdade, em ser verdadeiro.

Ser verdadeiro significa se mostrar por completo, por inteiro. E só temos coragem de nos mostrarmos de verdade pra quem nós realmente amamos. Eu sou eu apenas quando estou amando.

Cada um sabe o que mais lhe importa ou pra onde gosta de fugir. Todo mundo conhece seus próprios calos ou a posição que lhe dá mais prazer. E é por essas e outras que surge a insegurança. O relacionamento só vai dar certo se formos verdadeiros, se externarmos os nossos mais sinceros medos. Para nos sentirmos seguros, precisamos saber das inseguranças do outro. Precisamos da verdade. Precisamos do outro por inteiro. Eu preciso dele com as mágoas do relacionamento anterior, com o desejo pelas minhas amigas ou por qualquer rabo de saia que passar pela frente, com o puteiro da noite passada, com a falta de vontade de ser cavalheiro.

Preciso de um amor sincero. Que me ame a ponto de me contar sobre as aventuras da noite anterior ou de me mimar quando um ciuminho despontar no canto do olho. Quero distância de qualquer amor hipócrita. Preciso de um amor líquido. Eu só quero a verdade, pois é no medo que sou capaz. Sou aquela que insiste em arrumar o cabelo em dia de vendaval.

A boneca aqui é de verdade. Feita de amor. Me odeie, mas não me condene por amar tanto assim. Amarei até o fim do meu coração. Em cada fio de cabelo. Amarei até na falta de ar.

Estarei segura enquanto tiver o abraço dos braços de quem me importa. E nada mais me importa quando ouço a tua voz, me dizendo algumas verdades. Nada mais me importa quando o teu cheiro se mistura com o meu.

Me diga a verdade sem receios. Não tenha medo de brincar de se esconder. Não tenha vergonha de assumir o nariz de palhaço. Não hesite em afundar o pé na areia. Ame sem ter medo de amar.

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