Páginas

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Desamor




Tu já parou pra pensar em desamor? Alguém aí sabe o significado de desamor?

Numa análise rápida, alguém pode me dizer que desamor é o contrário de amor. Mas não é, pois o contrário de amor é ódio. E então, o que é desamor?

Desamor é falta. Falta de interesse na pessoa amada. Falta de significado na relação, “vulgo” indiferença. Desamor é falta de amor. Falta de sentimentos nobres. Falta de carinho. É onde deveria ter muito amor, mas não tem. Desamor é uma mistura de aborrecimento, desafeição, desapego e desprezo. Desamor é crueldade.

Desamor é silêncio. Uma prova eloqüente de desdém. Desamar é não dar atenção. Desamor é estar insatisfeito consigo mesmo; é viver num mal-estar constante; é sofrer de desconforto emocional.

Sofre de desamor quem não ama a si próprio. Sofre de desamor quem ama mais o outro do que a si mesmo. Desamor é um relacionamento amoroso insatisfatório, seja ele como for.

Mulheres reconhecem um desamor de longe, pois são constantes vítimas desse sentimento. Ele geralmente é originário dos homens, que sempre têm dificuldade em expor o que sentem. Não raro eles disfarçam sua inabilidade amorosa com um comportamento promíscuo, às vezes agressivo, ou simplesmente abrem mão do que sentem.

Na busca desenfreada por um amor, por um relacionamento para dar satisfação aos outros ou a si mesmo, a cobrança de constituir família, entre outros, existe um risco muito grande de tudo dar errado. As vítimas de desamor são carentes. São aquelas pessoas que estão sempre precisando de um abraço, que têm medo de compromissos, que precisam ouvir constantemente que são amadas. O histórico dessas pessoas é permeado de sofrimento, mágoas e decepções.

As pessoas que sofrem de desamor não sabem romper com essa situação porque sempre acabam buscando fórmulas prontas. Elas acham que usando dicas de livros de auto-ajuda vão conseguir resolver seus problemas. Acham que seguindo modelos pré-estabelecidos vão encontrar as respostas de que precisam. Doce ilusão! Como se fosse possível conhecer uma pessoa somente convivendo com ela. Como se o diálogo fosse suficiente. Como se amor não precisasse de improvisação, de ineditismo, de sinceridade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário