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segunda-feira, 8 de março de 2010

Eleição e fraude


Que brasileiro não gosta de votar é mais do que óbvio, mas não entendo como ninguém dá atenção à possibilidade de fraude nas eleições. Desde que tirei meu título de eleitor, há uns cinco anos, fico me perguntando como eles vão saber se aquela que se apresentou na seção eleitoral na hora de votar sou realmente eu. O título não tem foto e não é necessário mostrar a carteira de identidade. Simplesmente ridículo. Além disso, esse “detalhe” faz com que qualquer pessoa do mesmo sexo e que tenha uma idade aproximada a que consta no título possa ir no lugar de outra, abrindo espaço para aqueles moradores do interior do interior do Brasil, que mesmo sem maldade, podem emprestar seu título de eleitor em troca de uma cesta básica ou até mesmo de qualquer vinte reais. Isso tudo, sem mencionar as centenas de falecidos que votam em todas as eleições. Cadê a legitimidade do processo?

O governo brasileiro se orgulha tanto em dizer que as urnas eletrônicas que utilizamos são um avanço na democracia do país e, com esse discurso, mais uma vez consegue enganar o povo. Ninguém me garante que, com esse sistema, os próprios mesários não possam fraudar os votos. É só assinar, digitar o número do título que eles possuem em seus cadernos e ir lá teclar a sigla do candidato na urna. Fácil, fácil.

Só agora está surgindo o sistema biométrico, que vai trazer mais segurança e finalmente garantir a legitimidade do eleitor. E mesmo que nas próximas eleições ele seja pouco utilizado, já irá representar o início dessa mudança no processo eleitoral.

E como nem tudo é perfeito, e a minha desconfiança nunca é pequena, continuo com dúvidas a respeito da contagem dos votos, pois hoje ele não passa de um registro eletrônico na memória de um computador, sem que seja possível recontá-los ou realizar qualquer tipo de auditoria. Deve ser porque aqui quase não tem fraude e corrupção.

Eleição moderna e inauditável, só no Brasil.

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